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Rua Conde da Covilhã

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Júlio Anahory de Quental Calheiros (Oliveira do Hospital, 18 de Novembro de 1899 - Lisboa, 16 de Abril de 1970), que usou o título de 3.º Conde da Covilhã, foi um empresário agrícola, industrial e banqueiro e dirigente desportivo português.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi destacada figura da sociedade portuguesa, bem como das atividades bancárias e industriais do país que ocupou no Porto, Cidade da sua residência, lugares de relevo na Banca e na Indústria de Seguros, assumindo a Presidência do Conselho de Administração do Banco Borges & Irmão desde que nele transformou a antiga Casa Bancária portuense da mesma denominação e ao qual o seu nome fica indestrutivelmente ligado ao desenvolvimento nele operado, e dirigindo empresas agrícolas, industriais e comerciais nortenhas àquele Banco ligadas. 
Foi um dos criadores e fundadores da Manufatura Nacional de Borracha (MABOR), pioneira da indústria de pneus em Portugal e hoje ocupando lugar destacado na indústria europeia da mesma especialidade, da Empresa das Termas de Monfortinho, sendo responsável pela sua valorização turística, e da Indústria Têxtil do Ave, subsidiária da MABOR, a qual constituiu, organizações a que presidiu. 
Foi também Fundador das Indústrias de Construção e Empreendimentos (ICESA), responsável pelo grande conjunto urbano de Santo António dos Cavaleiros, estando também ligado ao Banco de Crédito Comercial e Industrial, que alargou a sua esfera de ação pessoal a Angola e Moçambique, e a muitos outros empreendimentos a que não ficou alheia a própria vida económica do Brasil, onde permaneceu durante alguns anos e onde a indústria de construção naval e o popular Banco Borges, que criou com sede no Rio de Janeiro, atestam o impulso forte da sua invulgar personalidade, de forte tempra, de espírito multifacetado e invulgar capacidade de iniciativa. 
Foi Vice-Presidente do Automóvel Club de Portugal e ocupou vários cargos na Direção do Sporting Clube da Covilhã, onde tomou posse em 1961 como Presidente do Conselho Fiscal, em que o Presidente da Direção era o seu irmão mais novo o Dr. José Borges de Albuquerque Calheiros, tornando-se pela primeira vez Presidente do Clube na época de 1965/1966, onde permaneceu até 1967, tendo sido um seu grande obreiro, principalmente pelo seu apoio financeiro e dedicação.
Usou o título de 3.º Conde da Covilhã por Autorização de D. Manuel II de Portugal no exílio de 10 de Julho de 1931.

Ver igualmente: Casa da D. Maria Borges neste blogue


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