16.5.13

AFONSO COSTA


Afonso Costa não tem rua nem praça, nem mesmo um simples largo na cidade. Afonso Costa está esquecido do Porto? Não é bem assim pois tem uma estátua. Poucos passam por ali a pé. Poucos perdem um pouco de tempo para lerem o que está escrito... infelizmente.


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Escultura da autoria de Laureano Ribatua no Campo vinte e quatro de Agosto.


Sobre Afonso Costa:


Afonso Augusto da Costa (Seia, 6 de Março de 1871 — Paris, 11 de Maio de 1937), conhecido apenas por Afonso Costa, foi um advogado, professor universitário, político republicano e estadista português.
Foi um dos principais obreiros da implantação da República em Portugal e uma das figuras dominantes da Primeira República.

(pode continuar a ler na Wikipédia)



"Matriculou-se na universidade no ano lectivo de 1888-1889, e concluiu a sua formatura em 1894. Foi premiado nos quarto e quinto anos de direito, tomou grau de licenciado em 17 de janeiro de 1895, fez ato de conclusões magnas em 24 e 25 de maio do mesmo ano, e doutorou-se em 9 de junho ainda em 1895. O seu primeiro despacho para o magistério foi em abril de 1896, e em agosto de 1900 foi nomeado catedrático. O dr. Afonso Costa, nome por que é mais vulgarmente conhecido, era considerado como um dos académicos mais notáveis do seu curso e, quando nomeado lente, era o mais novo de todo o corpo catedrático. No exercício da advocacia revelou-se sempre como um dos mais brilhantes ornamentos do foro português moderno.

Também se tem distinguido pelas suas ideias políticas avançadas; em 1897, no Porto, foi um dos homens que saíram a campo a protestar contra o plano do governo progressista de alienação das linhas-férreas do Estado. No comício que então se realizou em 13 de junho na rua do Bonjardim, foi o dr. Afonso Costa um dos oradores mais fluentes, apresentando-se pela primeira vez publicamente ao povo do Porto; e foram tão convincentes as suas palavras, que desde logo ficou considerado um dos mais valiosos vultos do partido republicano. Noutros comícios que se realizaram seguidamente na mesma cidade, também o dr. Afonso Costa tomou parte, sendo os seus discursos sempre ouvidos com o maior interesse e atenção. Quando a peste bubónica se declarou no Porto, no verão de 1899, o regime excepcional das medidas preventivas a que a cidade foi submetida por ordem do governo progressista, determinou contra ele o descontentamento geral da população. Aproximavam-se as eleições de deputados, e o partido republicano do Porto apresentou as candidaturas do dr. Afonso Costa, de Xavier Esteves e de Paulo Falcão. As eleições realizaram-se a 16 de novembro, e depois de grandes lutas entre monárquicos e republicanos, ficaram eleitos os três candidatos apresentados, mas o governo conseguiu que esta eleição fosse anulada arbitrariamente, no tribunal de verificação de poderes. Este facto ainda exaltou mais os ânimos, incitando-os a novas lutas. Em 21 de janeiro de 1900 saiu o primeiro número do jornal republicano O Norte, e os três candidatos eram novamente apresentados ao sufrágio dos eleitores independentes, como o haviam sido anteriormente na Voz Pública. O acto eleitoral realizou-se a 18 de fevereiro seguinte, e a despeito de todas as pressões, o Porto tornou a eleger os três deputados republicanos, facto que em todo o país causou a maior impressão. O dr. Afonso Costa apresentou-se na câmara respectiva como distinto parlamentar, e como um dos mais temíveis inimigos das instituições monárquicas. Orador fluente, os seus discursos eram calorosamente escutados. Caindo o ministério progressista, e subindo ao poder o partido regenerador, procedeu-se à eleição de deputados em 25 de novembro do referido ano de 1900, e o partido republicano apresentou novamente os três candidatos, mas desta vez não foram reeleitos."
No início do ano de 1937 foi indigitado para Grão-Mestre da Maçonaria Portuguesa, cargo que já não chegou a assumir, em virtude de ter falecido.
Faleceu a 11 de Maio de 1937 em Paris, tendo sido sepultado inicialmente em Neuilly-sur-Seine, no jazigo de Robert Burnay, sendo trasladado posteriormente, em 1950, para o cemitério de Cemitério do Père-Lachaise, em Paris.
Os seus restos mortais só em 1971 foram trasladados para Portugal, encontrando-se actualmente em Seia, no jazigo da família.



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