29.2.12

Monumento ao empresário

180212

Situada na esquina da avenida de Boavista com a de Gomes da Costa, esta escultura data de 1992 e é da autoria de José Rodrigues.


4 de Maio de 2012: Actualidade: Uma Crónica de Fernando Alves na TSF - a ler ou a ouvir.



22.2.12

Rua QUINZE DE NOVEMBRO

170212

Esta rua anteriormente teve o nome de Travessa da Avenida. (até 1901) 


Como publiquei a rua Rui Barbosa(1) há pouco tempo esta está intimamente ligada, embora muitos portuenses não se preocupem com esta data.


160212

Aqui vai a razão do nome desta artéria:
"A Proclamação da República Brasileira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador dom Pedro II. Foi, então, proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil.
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.
Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa(1), Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira."

Podem continuar a ler aqui.

21.2.12

A génese das ruas

110212



À beira dos caminhos construíram-se casas.

As casas foram sendo construídas junto de casas.

Os conjuntos de casas formaram aldeias, vilas e cidades.

Para a circulação dentro da cidade construíram-se ruas e mais ruas, largas ou estreitas, praças e avenidas.

Para facilitar a circulação nas ruas, já no tempo dos romanos, surgiram os passeios para facilitar o trânsito dos peões.


Já no século XXI, as comodidades para os peões parecem ter sido esquecidas, como nesta imagem de um "passeio" na Praça Pedro Nunes na nossa cidade.




Rua OFÉLIA DIOGO DA COSTA

150212

Sobre a D. Ofélia Diogo da Costa poucos dados encontrei dignos de serem publicados. Viveu no Porto, faleceu em 1978, privou de perto com Guilhermina Suggia e que teve importância na vida musical da cidade. Se algum leitor pode acrescentar algo mais a esta informação, desde já agradeço.



18.2.12

ANIVERSÁRIO


Sem barulho, sem fazer saltar rolhas de vinho da Bairrada, sem acender um Patagras, o blogue entra no sexto ano de existência.

Penso que o blogue continua a existir com altos e baixos, de uma maneira irregular vai mostrando as ruas do Porto, aquelas que toda a gente (da cidade) conhece e algumas que só são conhecidas dos vizinhos.

No início, eu não pensava que iria ter que andar tanto, que não teria tantos assuntos a tratar. Mas, de repente, dou conta que já mais de 700 artigos foram aqui publicados.

Agrade ou não, apercebo-me que, diariamente, tenho leitores. Tenho a certeza que alguns continuam a viagem para outras paragens pois não encontram aqui o que desejavam, mas também há aqueles que se interessam e que continuam a leitura.

O blogue evoluiu. Foi bom? Foi mau? Foi dentro das minhas possibilidades. É verdade que, no início, transcrevia longos textos sobre assuntos que pessoalmente me interessavam, depois deixei de o fazer. Também tenho deixado de lado certas impressões pessoais, memórias e recordações. Durante semanas nada aparece, depois, como por acaso, aparecem coisas – como me dizia há tempos um amigo que tinha iniciado um blogue: “Ó pá, isto dá muito trabalho!”

O blogue mudou. Achei, ao longo dos meses, que deviam existir brancas. Que o blogue não é um trabalho académico, não é um discurso sem fim. O blogue é pessoal, não é científico!

“As Ruas da Minha Terra” é um blogue de fotos (acompanhadas por um pouco de texto). Às vezes perguntam as minhas fontes... Normalmente os textos dos autores estão assinalados com os respectivos “links”. Mas o efémero da net também faz desaparecer as ligações. As fotografias, na maioria dos casos são minhas, artísticas ou más.

E depois. O blogue também é elaborado a pensar nos leitores. Não faço a menor ideia se tenho leitores regulares. Talvez não. Mas isso não importa, tentei dar a esta coisa – desde o início – um cariz pedagógico. Talvez não seja tão aparente como isso, mas está lá. Deixo por aqui e por ali umas dicas, depois o leitor pode ir aprofundar o assunto nos livros. Não sou o Historiador para contar os factos que se passaram aqui no século tantos e esquecer de citar os factos mais recentes, e quem sabe tão importantes também. Não sou o Pregador exaustivo para relatar cada ondular de uma rua com as seus picarescos detalhes. Não sou o Artista ou o Arquitecto para desenvolver um discurso sobre tal edifício digno de interesse por razões X, ou deixar meia dúzia de linhas sobre um azulejo ou uma estátua.

O blogue é assim porque é assim que eu vejo, eu sinto a minha cidade.

Mas o blogue também é informativo. Desde o início que eu tive a preocupação de indicar a localização de cada rua publicada. No início nas fotos publicadas no Flickr, ultimamente no final de cada um dos artigos.

E o blogue, às vezes, também é interactivo. Por vezes aparece o sobrinho bisneto a deixar um comentário ou a sugerir-me uma ressalva ao que eu tinha deixado – são os interactivos positivos. Claro que com o passar dos meses, dos anos também surgiram – aqui e além – os interactivos “negativos”.

Alguns exemplos destes últimos:
a. O anónimo que durante semanas me enviou mensagens sobre o mesmo assunto. Quando viu que eu não as publicava porque a agressividade dele atingia a má educação, parou.

b. O estudante que tinha que fornecer um trabalho académico “urgente”. Até tinha falado com o professor. Depois de termos combinado um encontro, desapareceu. Tinha chegado a época dos exames e ele devia ter perdido muito tempo com as praxes.

c. O jornalista que preparava um artigo para o mês seguinte que no seu email não conseguiu ser explícito. Diante do café, pede-me que eu lhe arranje anedotas ou coisas insólitas sobre as ruas por ele escolhidas. É verdade que eu estou mais à vontade diante de um gravador do que diante de uma câmara, respondi que era ele que tinha que encontrar a coisa, como portuense que era, depois de me dizer que posteriormente ia mandar o fotógrafo do Jornal fazer as fotos das placas das ruas. Disse-lhe que as ruas não eram coisas para rir. Que as ruas eram casas, eram pessoas que nelas viviam, que o lado interessante das ruas era a gente. Quando me perguntou se eu era historiador, disse-lhe que não, que era um amador, que fazia isto por puro diletantismo. Umas semanas mais tarde na tabacaria do senhor Acúrsio peguei no jornal, não estava lá nada do que eu lhe tinha dito (pudera!) mas sim umas linhas eruditas sobre a meia dúzia de ruas faladas mais seis fotos das respectivas placas. Ainda bem! Assim eu posso conservar nos meus bolsos todos os berlindes da rua da Sovela e das memórias que me chegaram da família da rua do Pinheiro nos anos trinta.

O blogue vai continuar, ainda existem algumas fotos no meu computador, ainda há ruas para mostrar. Eu sei que tenho repetido ruas, que tenho repassado e que não tenho deixado as ligações necessárias, mas não é repetição é evolução. É o descobrir mais um detalhe ali ou falar de mais isto que falhou na altura.

O blogue é efémero e superficial, como outras tantas coisas. O profundo, o fruto de muito tempo de pesquisa e de verdadeira erudição está nos livros. Leitor, se queres saber mais, e mais ainda, vai ler os livros!

P.S.: Não sei quantas ruas existem na cidade, mas tenho quase a certeza que não fotografei metade das da minha freguesia. Para acabar com as ruas todas devo ter ainda pano para mangas.


15.2.12

Rua do DR. EMÍLIO PERES

090212


Emílio Fernando Alves Peres , nasceu em Ermesinde, Valongo a 22 de Julho de 1931. Formou-se em medicina, tendo-se especializado em endocrinologia e nutrição. Morreu no dia 26/10/2003, vitima de doença prolongada. Além de pertencer à Direcção do sector intelectual do P.C.P./Porto, Emílio Peres foi uma das primeiras personalidades a defender publicamente a necessidade de ter cuidados especiais com a alimentação. Esteve na origem da Universidade Popular do Porto.


100212


Para saber mais sobre este médico aconselho a leitura da página que lhe é dedicada pela Universidade do Porto.


14.2.12

Rua ANTÓNIO PINTO MACHADO

080212





António Pinto Machado - natural de Vila Real, nasceu em 1895 e faleceu em 1965 na cidade do Porto. Jornalista, escritor, e poeta, Director do Palácio de Cristal e Oficial do Exército, foram, entre muitas outras, as actividades de António Pinto Machado.( Arquivo da Toponímia )




070212


É nesta rua que se situa a Associação de Futebol do Porto.


Esta artéria começa na rua O Primeiro de Janeiro


e termina na rua Azevedo Coutinho.




13.2.12

Estátua do DOUTOR JACINTO MAGALHÃES

060212

Situada no Praça Pedro Nunes, quase escondida para quem lá passa de automóvel, encontra-se esta estátua do médico e geneticista Doutor Jacinto de Magalhães. O autor deste bronze é Laureano Ribatua.

12.2.12

O 18

0 18

TERMINUS : Foz do Douro

Adeus adeus
que não tenho pressa
vou no eléctrico
com a minha amada
até à Foz

Deixem-me estar
assim
debruçado
sobre
o sonho
saboreando
o sal
o sol
o mar
os olhos
da minha amada
onde me perco
e renasço

Adeus adeus
deixem-me estar assim
que não tenho pressa
quero adormecer
para sempre
contemplando
o mar
dos olhos
da minha amada

Mão na mão
desafiando a cidade
os vizinhos
e o sono
vamos no 18
até à Foz

E o eléctrico
é já
um navio de bruma
que resiste
a todas as marés
e
sonolento
desliza
para os lábios do delirio

Quando chegou
ao fim da linha
o 18 não parou
entrou mar adentro

Nao sabia
o eléctrico
por quão triste
estava o mar
naquela tarde
em Fevereiro
as ondas
do mar da Foz
eram
só lágrimas
e sal
porque nunca houvera
visto
uns olhos
tão de bruma
e sol
e sonho

Antonio Barbosa Topa





António Barbosa Topa, nascido no Porto em 1948. Jovem poeta de Gaia, na sua juventude, com publicação nos suplementos juvenis dos diários lisboetas. Amigo desses tempos e companheiro de aventuras durante anos. Exilou-se em França em 1969, trabalhou após o 25 de Abril na antiga Secretaria de Estado da Emigração.
Ligado ao movimento associativo e ao desenvolvimento cultural sempre teve o lazer ocupado pela escrita e pela poesia. Colaborou em várias publicações da emigração.
Autor de dois livros de poesia: "O fio da palavra" (1993) e de "Sur les lèvres du silence/Pelos lábios do silêncio" (2000). As suas poesias foram editadas em várias antologias.






9.2.12

Rua TEODORO DE SOUSA MALDONADO

040212

Teodoro de Sousa Maldonado (Porto n. 1759 - f. 1799). Notável arquitecto portuense e urbanista, nasceu nesta cidade em 12 de Agosto de 1759, formou-se em matemática na Universidade de Coimbra, voltando depois para o Porto, a exercer a sua profissão. 
Em 1789 desenhou as vistas do Porto e de S. João da Foz, gravadas por Godinho, para a «Descrição Topográfica e Histórica da Cidade do Porto»,do Padre Agostinho Rebelo da Costa, que nesta obra o inclui entre os portuenses notáveis .
No Gabinete de História da Cidade conservam-se várias plantas e alçados por ele levantados. ( Arquivo da Toponímia )



Aproveitando a deixa, aqui vai mais algo sobre Teodoro de Sousa Maldonado:


MALDONADO, Teodoro de Sousa, 1759-?
Planta geográfica da barra da ci. d e do Porto [Visual gráfico / T. S. Maldonado delin., Porto ; Godinho sculp.. - [Porto : na Officina de António Alvares Ribeiro, 1789]. - 1 gravura : água-forte, p&b http://purl.pt/4027
. - Dim. da comp.: 26,5x38,2 cm (com esquadria). - Legenda explicativa no canto inf. esq. da composição. - Soares, E. - Hist. da grav., nº 1135 a)

CDU 908(469.121)Porto "17"(084.1)
    762(=1.469)"17"(084.1)


Escola Secundária FONTES PEREIRA DE MELO

050212


Situa-se na rua "O Primeiro de Janeiro".

8.2.12

Rua RUI BARBOSA

010212

Rui Barbosa! Logo nome de rua virada para o Atlântico. Comecei a pensar que deveria ser algum navegador, geógrafo, conquistador de Brasis ou de terras de além mar - justa e compreensível homenagem. 

Busca do homem que deu o nome à rua.

Claro a página dedicada da Cãmara, e aí, surpresa, um brasileiro que transitou do século XIX para o século XX.

Eis o que nos é relatado oficialmente: "Rui Barbosa, advogado, jornalista, jurista, político, diplomata, ensaísta e orador, nasceu em Salvador, BA, em 5 de novembro de 1849, e faleceu em Petrópolis, RJ, em 1o de março de 1923.( Arquivo da Toponímia )".

Cá para mim, pensei que era magro, mesmo muito magro, que deveria haver algo de mais importante que não teria sido relatado por falta de espaço. Pesquisa rápida naquela coisa que procura coisas e factos na internet, e, logo a primeira linha me sugere a Wikipédia.

Eis o que nos diz a Wikipédia:
"Ruy Barbosa de Oliveira[1] (Salvador, 5 de novembro de 1849 — Petrópolis, 1 de março de 1923) foi um jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador brasileiro.
...
Um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo, foi um dos organizadores da República e coautor da constituição da Primeira República juntamente com Prudente de Morais. Ruy Barbosa atuou na defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais. Primeiro Ministro da Fazenda do novo regime, marcou sua breve e discutida gestão pelas reformas modernizadoras da economia. Destacou-se, também, como jornalista e advogado." 

Antes do mais o senhor era Ruy e não Rui. E indicar que tinha tido um papel importante na implantação da República no Brasil não ocupa assim tanto espaço.



7.2.12

Garagem Linhares

200112

A Garagem Linhares situava-se na rua José Falcão, dali partiam - várias vezes por dia - as carreiras para a Póvoa. A empresa faliu há coisa de três ou quatro anos. Agora não sei de onde partem as camionetas para a Póvoa, também não me preocupo, existe o Metro. 


Com o desenvolvimento da Movida naquela zona, quem comprou a dita garagem em leilão deve estar a rentablizar bem o negócio pois ela serve como parque de estacionamento. 

1.2.12

Escola MARIA LAMAS

190112



Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas (Torres Novas, 6 de Outubro de 1893 - Lisboa, 6 de Dezembro de 1983), conhecida como Maria Lamas foi uma escritora, tradutora, jornalista, e conhecida activista política feminista portuguesa.

Para obter mais informações biográficas sobre esta autora aconselho a leitura de: Vidas Lusófonas.