31.1.15

31 de Janeiro 2015

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Aqueles homens que se bateram, nesta artéria da cidade, pela República e pela Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade em Janeiro de 1891 e em Fevereiro de 1927 alguma vez pensariam que em pleno século XX, em pleno Inverno, existiriam situações como esta?


30.1.15

Street-art na Travessa de Cedofeita 2015

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29.1.15

Rua Chã Sol de inverno

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2015

Fotografia de Augusto Baptista

Caldeira na rua dos Caldeireiros

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Durante muitas dezenas de anos a rua dos Caldeireiros atraíu também certas actividades ligadas ao trabalho dos metais. Pouco a pouco vão desaparecendo para os arrabaldes da cidade.



28.1.15

O Conde de Cedofeita


Nasci a dois passos da rua de Cedofeita.

Cresci, fui à escola e o meu caminho era essa rua.

Por lá passavam os eléctricos e havia descargas e cargas de manhã.  Muita gente na rua. Uns a irem para o trabalho, outros para a escola...

Comércio de proximidade não faltavam. Mercearias, talhos, uma mão cheia de drogarias, padarias, etc. Os outros também não. Botões logo no ínicio, sapatarias e chapelarias, tabacarias e ourivesarias, casas de ferragens e uma loja da Singer, farmácias e papelarias. Havia também o engraxador e a apanhadeira de malhas. O movimento matinal das peixeiras, hortaliceiras, amoladores e cauteleiros abafava o zumbido dos eléctricos e o chiar dos carros.

Era o senhor Mota dos chapéus, o senhor Barros da drogaria, o senhor Costa e o Alfredo e o Rui que lá moravam.

Nessa altura eu conhecia muita gente da rua de Cedofeita e ouvia muitas histórias sobre as igrejas (a nova e a velha), as pessoas célebres que tinham vivido na freguesia, essas coisas que em criança ouvimos falar. Depois li algumas linhas sobre a rua, sobre a freguesia, sobre a história da cidade.

Na verdade foi uma coisa que não retive: O conde de Cedofeita. A viscondessa do Seixo com o palacete encostado à esquadra, essa sim. Os outros barões e restantes nobres tinham moradias mais na periferia ou só pertenciam a lugares longínquos.

Mas francamente o Conde de Cedofeita não existia na minha memória.

Há umas semanas um amigo abordou a personagem. Escondi a minha ignorância. Nem tudo está à mão. Documentos no computador. Livros na estante ou em cima da mesa. Mas cheguei a casa e procurei na sagrada rede (net) algo de concreto. Pouco ou quase nada. Uma referência a Cedofeita no Brasil, não era a minha Cedofeita. 

Depois folheando um dicionário de personalidades encontrei dados  que me permitiram elaborar uma muito breve nota biográfica. 


«Henrique Coelho de Sousa emigrou para o Brasil. Sabemos que durante anos foi vendedor de bigigangas e que se casou com Maria da Silva Rezende, proprietária da fazenda de Belmonte (em Matias Barbosa, Minas Gerais) cuja actividade principal era a cafeícultura. 
Consta que foi cônsul de Portugal em Juíz de Fora. 
Como outros emigrantes enriquecidos no Brasil, e noutras paragens, comprou o título de Visconde. Seis anos depois, em 1875, um decreto assinado pelo rei Luiz I elevou-o ao título de conde. No Brasil foi comendador da ordem de Cristo e da ordem da Rosa. 
Aparentemente nunca chegou a morar na freguesia de Cedofeita. 
Na sua fazenda chegou a receber a visita do imperador do Brasil Pedro II.
Arruinado veio a falecer no hospital da Beneficência Portuguesa no Rio de Janeiro.»


Nota: Aparentemente a antiga rua do Conde na extinta freguesia de Cedofeita nada tem a ver com Henrique Coelho de Sousa mas com o Conde de S. Salvador de Matosinhos.


Padaria Independente

Padaria


Em 2005. Dez anos depois a padaria foi reciclada em galeria. Já raras são as padarias no centro da cidade. O comércio do "pão quente" conseguiu substituir o comércio tradicional.


27.1.15

Restaurante China

Chinês I



Em 2005 este restaurante já tinha encerrado. A moda da cozinha chinesa tinha acabado e a desertificação do sector terciário do centro da cidade estava em pleno desenvolvimento. 


24.1.15

linha de horizonte

couché de soleil



2005

Esperando um pouco mais de vontade de trabalhar para aqui, vou apresentando fotos com quase dez anos.





22.1.15

Identificação

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O postal apresentado foi enviado por uma leitora do blogue. Esta leitora pretende saber se ainda hoje existe o palacete que aí figura.

Uma sua tia-avó  aí terá trabalhado e o edifício seria um colégio feminino.

Talvez o antepassado do actual Colégio Luso-Francês? A fachada principal ficava virada para que rua? 

Toda a informação sobre o assunto pode ser deixada aqui como comentário. Tenho a certeza que a leitora, natural do Algarve, ficaria agradecida.



As águias

casa das águias


O chamado Palacete das Águias é actualmente ocupado pela Ordem dos Advogados.






21.1.15

Salão Jardim da Trindade

cinema Trindade



Assim se chamava o antigo Cinema Trindade na sua origem.

Os filmes já não passam nesta antiga sala pois há vários anos que se encontra reciclada em Bingo!





19.1.15

Património Desaparecido

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O arquitecto Viana de Lima desenhou a chamada moradia Honório de Lima logo no início da sua carreira profissional 1939-1943.

Por motivos que não cheguei inteiramente a apurar esta residência unifamiliar foi destruída no início da década de 70 do século XX. 

A imagem aqui apresentada foi publicada na Revista Pedra e Cal nº 24 de Dezembro 2004 a ilustrar um artigo intitulado "O século do moderno - Inventariar para conhecer / Conhecer para preservar" da autoria de Nuno Teotónio Pereira Arquitecto.

Eduardo Honório de Lima faleceu em 1939. Já lhe foi feita referência a este mecenas e musicófilo neste blogue.

O arquitecto Alfredo Evangelista Viana de Lima foi um dos fundadores do grupo ODAM.


16.1.15

Um universo de mobilidade

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A estação de metro da Trindade em 2005.

Sabia que:

"A primeira linha do Metro do Porto — ligando Senhor de Matosinhos à estação da Trindade (linha A) — foi inaugurada no dia 7 de Dezembro de 2002 pelo então primeiro-ministro Durão Barroso, circulando em regime experimental no final desse ano. Nesta primeira fase, a rede possuía apenas 11,8 km e 18 estações, todas de superfície, sendo o antigo túnel ferroviário da Lapa, reconvertido para a rede do metro, o único percurso subterrâneo. A 5 de Junho de 2004, a linha foi estendida até ao Estádio do Dragão, pronta para o Campeonato Europeu de Futebol, o Euro 2004, que decorreu nesse ano em Portugal. A rede ganhou 3,8 km de linha e 5 novas estações no centro do Porto, em túnel subterrâneo aberto propositadamente para o metro.

Em 13 de Março de 2005, abriu o primeiro troço da segunda linha, a linha B, aumentando a rede em quase 7 quilómetros e 5 novas estações de superfície, ligando Pedras Rubras, a partir da Estação da Senhora da Hora já existente para a linha A, ao Estádio do Dragão."




15.1.15

Armazéns da Capela

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Os Armazéns já não existem há bastantes anos. A capela também não. 
Em tempos, entre o Carmo e as Carmelitas (rua) existiam vários grandes armazéns - do Anjo, Cunha, do Castelo, entre outros. Depois vieram os centros comerciais.

No alpendre envidraçado ficou o nome para relembrar um comércio desaparecido.


Feliz 2015!