23.3.08

Rua Pedro Homem de Mello

phm 08

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Biografia de Pedro Homem de Melo
Pedro da Cunha Pimentel Homem de Mello (Porto, 6 de Setembro de 1904 - Porto, 5 de Março de 1984) foi um poeta, professor e folclorista português.

Nasceu no Porto, em 1904, no seio de uma família fidalga, filho de António Homem de Mello e de Maria do Pilar da Cunha Pimentel, tendo desde cedo sido imbuído de ideais monárquicos, católicos e conservadores. Foi sempre um sincero amigo do povo e a sua poesia é disso reflexo. O seu pai, pertenceu ao círculo íntimo do poeta António Nobre.

Estudou Direito em Coimbra, acabando por se licenciar em Lisboa, em 1926. Exerceu a advocacia, foi subdelegado do Procurador da República e, posteriormente, professor de português em escolas técnicas do Porto (Mouzinho da Silveira e Infante D. Henrique), tendo sido director da Mouzinho da Silveira. Membro dos Júris dos prémios do secretariado da propaganda nacional. Foi um entusiástico estudioso e divulgador do folclore português, criador e patrocinador de diversos ranchos folclóricos minhotos, tendo sido, durante os anos 60 e 70, autor e apresentador de um popular programa na RTP sobre essa temática.

Pedro Homem de Mello casou com D. Maria Helena Pamplona e teve dois filhos, Maria Benedita, que faleceu ainda criança e Salvador Homem de Mello, que faleceu sem deixar descendência poucos anos após o seu pai.

Foi um dos colaboradores do movimento da revista Presença. Apesar de gabada por numerosos críticos, a sua vastíssima obra poética, eivada de um lirismo puro e pagão (claramente influenciada por António Botto e Federico García Lorca), está injustamente votada ao esquecimento. Entre os seus poemas mais famosos destacam-se Povo que Lavas no Rio e Havemos de Ir a Viana, imortalizados por Amália Rodrigues, e O Rapaz da Camisola Verde.

Afife (Viana do Castelo) foi a terra da sua adopção. Ali viveu durante anos num local paradisíaco, no Convento de Cabanas, junto ao rio com o mesmo nome, onde escreveu parte da sua obra, "cantando" os costumes e as tradições de Afife e da Serra de Arga.

Bibliografia

* Danças De Portugal
* Jardins Suspensos (1937)
* Segredo (1939)
* A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
* Pecado (1943)
* Príncipe Perfeito (1944)
* Bodas Vermelhas (1947)
* Miserere (1948)
* Os Amigos Infelizes (1952)
* Grande. Grande Era A Cidade (1955)
* Poemas Escolhidos (1957)
* Ecce Homo (1974)
* Poesias Escolhidas (1987)
* E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (Selec. de Poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
* Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (selec. e pref. de Vasco da Graça Moura)
* Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007

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Existe nesta rua o edifício de habitação (também chamado da Boavista) cujos autores do risco foram os arquitectos Álvaro Siza Vieira e António Madureira. Data de início: 1990, a conclusão foi em 1998. 

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